Raimundo António de Bulhão Pato
Filho de pai português e de mãe espanhola, Bulhão Pato nasceu no seio de uma nobreza exilada em Espanha no decurso das guerras liberais. Em 1837, e mais uma vez por efeitos da guerra, desta feita no país vizinho, a família retorna a Portugal e estabelece-se em Lisboa. Aí , privou com nomes importantes da elite intelectual e literária portuguesa, fundamentais na sua formação. A carreira literária teve início em 1850, com um livro de poemas, de matriz romântica. Em 1866, com o poema Paquita, denotam-se já traços de realismo, mas Bulhão Pato fica inscrito na história da literatura portuguesa como cultor do ultra romantismo. À sua obra poética juntam-se títulos em prosa, com destaque para os de natureza memorialista, ricos de informações biográficas e históricas e, como tal, retratos de uma época: Sob os Ciprestes: vida íntima de homens ilustres (1.º ed. em 1877) e as Memórias (publicadas em 4 volumes de 1894 a 1907).
Retrato de Bulhão Pato, por Columbano Bordalo Pinheiro. |
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